Semana passada assisti uma palestra da Camila Cury, fundadora da Escola da Inteligência e filha de Augusto Cury. Para quem não conhece o Augusto Cury, ele é médico psiquiatra, pesquisador e escritor, sendo dos maiores escritores brasileiros no ramo de inteligência emocional. Ele possui diversos livros de sucesso publicados, como “Ansiedade – Como enfrentar o mal do século”, “O código da inteligência” e “Pais brilhantes, professores fascinantes”. A lista é imensa, não dá para listar tudo aqui. Seus livros são publicados em mais de 70 países, e ele já vendeu mais de 30 milhões de livros somente no Brasil. E foi Augusto Cury que cunhou o termo Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA).
Um de seus livros inclusive virou filme pela Netflix em 2016: “O Vendedor de Sonhos”. Recomendo o filme, que conta uma bonita estória de como um morador de rua salvou do suicídio um psicólogo e devolveu a ele o sentido da vida!
Já li alguns livros do Augusto Cury e tive a oportunidade de assistir presencialmente uma palestra com ele.
O projeto Escola da Inteligência já está funcionando em mais de 1.000 escolas em todo o Brasil, com mais de 300 mil estudantes aprendendo o conteúdo.
A escola onde meus filhos estudam atualmente é parceira do programa. Eles têm uma aula de 1 hora por semana com conteúdo focado na gestão das emoções. Estamos gostando bastante do conteúdo e da abordagem!
Cuidado com o “coitadismo”
Na palestra, a Camila falou muito sobre a importância do diálogo com os filhos na criação de um vínculo emocional com eles e no desenvolvimento da empatia na criança.
Falou também sobre o vitimismo (“coitadismo”) que acomete hoje uma boa parte das pessoas. É a mania de não assumir responsabilidades e sempre colocar a culpa nos outros (pai, mãe, esposa, sócio, chefe, políticos, etc.). Como eu gosto de dizer: “a culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser!”. Isso está sendo passado de pai para filho e está criando uma geração de “vítimas” que terão enorme dificuldade na vida adulta quando levarem os “NÃOs” da vida!
A Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA)
Por fim, ela falou sobre a SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado), que é a dificuldade da criança em lidar com os pensamentos. A SPA é um dos efeitos colaterais do excesso de uso de tecnologia pelas crianças atualmente.
Os sintomas mais comuns são:
- Acorda cansado frequentemente
- Dificuldade de concentração
- Irrita-se facilmente
- Esquecimento
- Sofre por antecipação (ansiedade)
- Queda de cabelo
O que fazer se meu filho tem os sintomas da Síndrome do Pensamento Acelerado?
Antes de mais nada, se estiver na dúvida, procure ajuda profissional.
Existem várias atividades que podem ser feitas para acalmar a mente da criança:
- Atividade física regular
- Limitar o tempo gasto com tecnologia
- Dar tempo para a criança brincar. Não encha toda rotina de crianças com atividades extras, ela precisa de um tempo para ela!
- Meditação
- Sono adequado
- Ajudar os outros! Sim, uma das maneiras de ser feliz é promover a felicidade dos outros! Já reparou que quando estamos pensando em ajudar alguém nos esquecemos dos nossos problemas?
E o que isso tem a ver com dinheiro?
TUDO! Pessoas mais ansiosas tendem a gastar com o que não precisam, saem mais cedo de investimentos lucrativos (limitando seus ganhos) e se desfazem de investimentos com prejuízo no pior momento possível. Para quem investe em ações para o longo prazo, é o tradicional “comprar na alta e vender na baixa” em vez de “comprar na baixa e vender na alta”.
Se você não conseguir controlar seus pensamentos no dia a dia vai ter problemas com dinheiro e vai passar isso para seu filho.
Ou seja, não basta ensinarmos sobre o método dos 4 potinhos aos nossos filhos. Também é nosso papel como pais e mães monitorar a saúde dos nossos filhos e agir imediatamente quando for necessário.
Uma experiência pessoal
Outro dia meu filho teve uma pequena crise de ansiedade. Do nada ele começou a chorar porque achou que não ia mais conseguir respirar e ia morrer! É muito angustiante vermos o nosso filho sofrer!
O que nós fizemos foi nos aproximamos mais ainda dele, conversamos, explicamos, meditamos juntos, mostramos os fatos, e felizmente depois de alguns dias esses pensamentos foram sumindo da mente dele. Já houve vezes no passado em que isso não funcionou e aí procuramos orientação com uma psicóloga, que nos ajudou a resolver o problema.
Monitore seu filho e converse frequentemente com ele! Lembre-se de como fazer a escuta empática.
Não hesite em procurar ajuda se não estiver conseguindo resolver sozinho!
Um grande abraço!
Rodrigo