Os 7 hábitos das famílias altamente eficazes

Stephen Covey é um autor bestseller americano. Sua principal obra é o livro Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes. Não demorou para que ele adaptasse essa ideia para a questão familiar. Assim ele e sua esposa, com a experiência de quem tiveram 9 filhos, escreveram o livro Os 7 Hábitos das Famílias Altamente Eficazes.

Temos que tirar o chapéu para esse casal, 9 filhos! Se eu, com meus dois, já tem hora que fico maluco. 🙂

Qualquer casamento, ou qualquer família, de sucesso requer trabalho. O bom êxito não é obra do acaso, é uma conquista.

Brincadeiras a parte, o livro é muito bom. Mostra situações práticas que vivemos no dia a dia. E busca trazer soluções simples, mas nem sempre fáceis, com o objetivo de se tornar um hábito em nossas famílias.

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Vamos aos 7 hábitos.

Hábito #1: Seja Proativo

Ser proativo consiste na habilidade de agir com base em princípios e valores, em vez de reagir guiado pelas emoções ou circunstâncias.

Essa frase é uma boa síntese do primeiro hábito. Ao nos tornarmos proativos, não só em família, mas em todas áreas de nossas vidas, deixamos de ser reativos. Isso nos torna os protagonistas de nossas vidas. Pois, quando agimos baseados em princípios e valores deixamos de depender da ação de outras pessoas.

Em outras palavras, aquele que simplesmente reage não tem controle de sua vida. Pois, está sempre se movendo a partir de uma ação de outrem.

Já a pessoa proativa é capaz de ter autocrítica, de estabelecer metas e planos. E, utiliza suas próprias forças para atingir os objetivos traçados. As pessoas proativas não jogam a responsabilidade para terceiros.

O Hábito 1 – Seja Proativo – é a chave que abre a porta de todos os hábitos. Na verdade, você descobrirá que quem evita assumir responsabilidades e tomar iniciativas não pode cultivar plenamente nenhum dos hábitos.

Hábito #2: Comece com o objetivo em mente

O Hábito 2 está relacionado a visão de futuro, a missão da família. Bem como aos valores e princípios.

As empresas utilizam a missão como bússola para orientar seus colaboradores. Assim como as empresas, o autor entende que as famílias devem declarar formalmente suas missões.

A declaração da missão familiar consiste na expressão combinada e unificada de todos os membros acerca do que é fundamental para a sua família – o que realmente querem fazer e ser – e dos princípios que escolheram para reger sua vida familiar.

Covey defende que a família constitui uma organização basilar da sociedade. Por isso, assim como as demais organizações, devem possuir uma missão.

Hábito #3: Primeiro o mais importante

Em se tratando de família, o que seria o mais importante e o que deve vir em primeiro lugar? É claro, a família e seus membros.

Aqui o autor destaca dois tempos fundamentais para darmos prioridade à família:

  1. O tempo da família: aquelas horas em que pai, mãe e filhos estão reunidos. O jantar, o almoço, o dia da pizza, …
  2. E, o tempo de convivência um a um: aquele tempo que você tira para ficar apenas com um membro da sua família. Ou seja, se você tem dois filhos deve planejar um tempo no qual cada um dos pais se dedica a apenas um dos filhos. Importantíssimo: também tem o tempo do casal. Não podemos nos esquecer!

Imagina como a Família Covey fazia, com 9 filhos, para administrar todos esses momentos?

O papel dos pais é único, uma missão sagrada. Existirá realmente alguma coisa que sobrepuje a importância de cumprir bem essa missão?

Hábito #4: Pense Ganha/Ganha

A maioria das pessoas, quando estão no piloto automático, age para que, em situações de conflito, se tornem as vencedoras. Ou seja, por padrão nós tendemos a perpetuar a situação ganha/perde. É aquele momento em que você fala pro seu filho: “É assim porque EU estou mandando”. Quem nunca…

Em contra partida existe a situação perde/ganha. Seriam aqueles momentos em que nossos filhos nos vencem pelo cansaço. “Pai eu quero ficar! Só mais um pouquinho! Por favor!”. E assim vai, até que a gente acaba cedendo.

Porém, o autor nos alerta para as consequência que as situações ganha/perde e perde/ganha podem causar em nossos relacionamentos familiares. Essa duas situações, apesar de poderem ser as mais fáceis no momento, não são as mais viáveis a longo prazo.

A base ganha/ganha é a única realmente sólida para uma interação familiar eficaz. É o único padrão de pensamento e de interação que constrói relacionamentos duradouros de confiança e amor condicional.

Mas, principalmente em se tratando de relacionamento entre pais e filhos, existem situações em que a decisão dos pais deverá prevalecer. Como, por exemplo, se o seu filho de 5 anos resolver não frequentar mais a escola.

Ser pai/mãe não significa ser popular e ceder aos caprichos e vontades do filho. Significa tomar decisões que sejam de fato ganha/ganha – não importa o que o filho pense no momento.

Hábito #5: Procure Compreender Depois Ser Compreendido

A base desse hábito é a Comunicação Empática. Lembre-se que você deve realmente escutar seu filho. E isso não fácil.

Devemos nos dedicar para que isso se torne realmente um hábito das famílias. Que todos sabiam escutar a todos de maneira empática.

Para isso acontecer devemos: respeitar os sentimentos do outro; compreender que cada um tem sua história pessoal; aceitar as diferenças e particularidades de cada um; e muito mais.

Os erros que cometemos com nossos filhos, cônjuges, enfim, com todos os membros da família, em sua maioria não são intencionais. Apenas, nós não compreendemos. Não vemos claramente o coração uns dos outros.

Incentive a comunicação empática na sua família. Com o tempo irá se expandir para além das paredes de sua casa.

Hábito #6: Crie Sinergia

Sinergia é quando o todo é maior que a soma das partes. Ao criar esse hábito você e sua família encontrarão soluções em conjunto, respeitando as diferenças de cada um, e o resultado será inesperado.

Descubra pontos fortes em cada membro de sua família e aproveite da melhor forma. Se tem um filho mais comunicativo e outro mais analítico, divida as tarefas aproveitando o melhor de cada um.

Uma parte importante na criação de sinergia é aprender a apreciar os pontos fortes e os talentos dos outros.

Hábito #7: Afine o Instrumento

O último hábito se refere à aquele momento para gente retomar o fôlego. Para dar uma parada e fazer a “manutenção do equipamento”.

Todas as famílias devem investir tempo na própria renovação nas quatro áreas principais da vida: física, social, mental e espiritual.

O que você e sua família têm feito para a própria renovação?

Aqui o autor lembra que algumas rotinas ou tradições são fundamentais para manter essa renovação. Por exemplo, tirar férias em família e comemorar os aniversários dos membros da família. 

Ele lembra que às vezes mais importante do que a comemoração são os momentos que a antecede. Como por exemplo, o planejamento, os preparativos, bem como as arrumações e o pós-festa.

Os 7 Hábitos das Famílias

habitos das familias

Eu gosto demais dos ensinamentos do livro Os 7 hábitos das famílias altamente eficazes. E você?

Livros como esses nos inspiram a dar o melhor de nós para nossa família e para a sociedade. Ao mesmo tempo em que nos dão dicas de que como aplicar em nosso dia a dia. É claro que devemos utilizar essas dicas dentro da nossa realidade. Se necessário, fazendo adaptações e ajustes.

Não é que os Hábitos lhe digam o que fazer, mas sem dúvida lhe proporcionam um modo de pensar e de ser que o leva a descobrir o que fazer… e quando.

Espero que tenha gostado. Compartilhe com famílias que também estejam buscando se aprimorar cada vez mais. Comente o que você já achou mais interessante e como tem aplicado na vida de sua família.

01 abraço,
Fabiano Hilário

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Crédito das Imagens: Freepick.

 

 

2 Comentários


  1. Realmente, o piloto automático tem dominado nossas vidas. Quando temos filhos pequenos, estamos sempre cansados e, consequentemente, deixando de fazer as coisas como gostaríamos. Obrigada pela indicação do livro e pelo excelente texto!

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    1. Fala Gabriela, que bom que gostou do texto. Se uma pessoa foi impactada já valeu o nosso trabalho. Pois é, esse é o grande desafio dos pais e mães, se equilibrar diante de tantas tarefas e obrigações. Mas o importante é fazermos o nosso melhor, lembrando sempre que não somos perfeitos. Por tanto, também passíveis de cometer erros. E isso deve também ser passado para os nossos filhos. Mostrar a eles, de maneira madura, nossas vulnerabilidades também é uma excelente forma de educar. Estou preparando um texto sobre isso, baseado no excelente livro A Arte da Imperfeição da autora Brenè Brown.
      Continue com a gente e compartilhe suas experiências. Nos ajuda a produzir mais conteúdos interessantes.
      01 abraço

      Responder

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